Dia 21 de março - Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial, lembra a data histórica onde o povo sul-Africano foi reprimido, por se manifestar pelos seus direitos e contra o apartheid nas ruas de Sharpeville, em 1960, deixando um saldo de 69 mortos e 186 feridos.
É o dia em que a nossa responsabilidade coletiva deve promover e proteger o ideal do primeiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma «todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos», em que devemos honrar todas as vítimas de racismo e violência e mobilizar e intensificar todos os esforços para construirmos um futuro livre, onde a igualdade seja uma realidade para todos.
A CMB convoca as mulheres para que participem de seu IV Congresso Nacional nos próximos dias 24 e 25 de maio, em São Paulo e assim forteleçam ainda mais a luta por políticas públicas que enfrentem a Discriminação Racial e de Gênero e que combatam todos os dias todas as formas de preconceito e discriminação contra a mulher.
Especialmente neste dia 21 e em todos os dias a CMB conclama a sociedade à luta pela punição dos três responsáveis (policiais) pela morte de Claudia, negra, pobre mulher, trabalhadora há tres anos como faxineira de corredores, banheiros e ambulatórios do Hospital Naval Marcílio Dias, zona norte do Rio de Janeiro. Ao sair de sua casa às 8hs da manhã do domingo dia 16 de março para comprar pão no Morro da Congonha, em Madureira, foi baleada por um tiro de fuzil. Segundo o relato de vizinhos três policiais após darem tiros para o alto para dispersar as pessoas levaram a vítima no porta-malas de uma Blazer da PM, com a tampa traseira aberta e um dos braços de Claudia para fora do carro. Cerca de 5 kms adiante, o corpo permanecia pendurado na viatura e foi arrastado por ainda mais 350 mts. A cena, desse momento, foi amplamente divulgada nos meios de comunicação. Além do grave ferimento a bala a brasileira, negra e pobre teve o corpo dilacerado e não resistiu aos ferimentos. Mesmo assim foi concedida liberdade para os políciais que estavam presos após, inclusive, a familia ter recebido a garantia do Governador Sergio Cabral que os policiais não seriam soltos no decorrer das apurações.
Claudia tinha 4 filhos e criava mais 4 sobrinhos junto com seu marido Alexandre, vigia do Mercadão de Madureira que agora criará a todos sózinho com um salário de R$ 891. Claudia recebia R$ 810 pelo seu trabalho de faxineira.
Pedimos sua participação nesta luta! Divulgue!
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