Movimento de Mulheres promoveram ato
nesta sexta-feira contra o feminicídio em frente a Alep.
Mobilização foi realizada durante o Lançamento da Frente Parlamentar pela Vida e pela Família.
As mulheres dos movimentos sociais do Paraná promoveram um ato em "Defesa da Vida das Mulheres e das Meninas" nos portões de entrada da Assembleia Legislativa.
A mobilização coincidiu com o
lançamento da Frente Parlamentar pela Vida e pela Família de forma proposital.
Vamos mostrar para eles os
dados alarmantes de violência contra as mulheres. Como uma frente parlamentar
que se diz em defesa da vida não apoia ações de combate ao feminicídios e
debates de gênero nas escolas?
Dados do Ministério Público
do PR-MPPR somente no segundo semestre de 2014 foram registrados 5.222
ocorrências de crimes de violência doméstica e familiar, 45 são de homicídios.
Entre junho a agosto 2015
foram 17 assassinatos de mulheres no Paraná. Segundo o MPPR os casos podem ser
ainda maior, pois há muitos não denunciados.
Casos insolúveis menina
Raquel, Tayná bem como de outras meninas que não ganharam repercussão.
Dos 399 municípios somente 17
tem delegacias da mulher – DEM, somente 12 tem Secretaria da Mulher.
Em março de 2014 o Paraná foi
contemplado com 02 unidades móveis do programa ‘Mulher, Viver sem Violência,
para atender o interior do estado, que até hoje estão inoperantes paradas na
garagem
As mulheres do Paraná
representam mais de 50% da população do Estado, merecemos ser tratadas com
dignidade. O serviço público do Estado em sua grande maioria é composto por
mulheres, exigimos a responsabilização pelo massacre do dia 29 de abril.
Exigimos do Governo do
Estado:
1- Criação da Secretaria
Estadual de Políticas para as Mulheres com orçamento próprio e
autonomia. Cuja tarefa
emergencial deve ser fortalecer rede integrada de atendimento às mulheres em
situação de violência por meio de parcerias, ações intersetoriais entre as
políticas públicas, instituições governamentais, não governamentais e com o
sistema de justiça.
2. Ampliar e qualificar os
serviços de atendimento à mulher, adequando-os às normas técnicas específicas,
bem como garantir a acessibilidade às portadoras de deficiência.
3. Ampliar a criação das
Delegacias Especializadas da Mulher, com metas progressivas buscando o atendimento
aos 399 municípios.
4. Capacitar os servidores
das Delegacias Especializadas e não especializadas para o atendimento em casos
de violência contra mulheres.
5. Capacitar os servidores de
toda a rede especializada e não especializadas para o atendimento às mulheres
indígenas, ribeirinhas e quilombolas.
6. Ampliar os serviços de
abortamento legal e de atendimento às vítimas de violência sexual.
7. Reestruturar e revisar as
condições materiais e os recursos humanos dos Centros de Referência de modo a
adequá-los à norma técnica da SPM.
8. Priorizar o atendimento à
saúde às mulheres que se encontram presas, particularmente às grávidas,
estabelecendo procedimento nítido em relação às responsabilidades de cada ente
administrativo.
9. Capacitar os servidores da
área de saúde para o atendimento adequado às mulheres com transtornos mentais,
com especial atenção às grávidas, para que recebam atendimento adequado do
sistema de saúde, evitando-se encaminhamentos equivocados que violem seus
direitos.
10. Reformar o estabelecimento
prisional das mulheres de modo a dotá-lo de condições mínimas de
habitabilidade, incluindo água potável, dedetização, canalização do esgoto,
distribuição de colchões, etc.
APP;
CUT PR; Federação das Mulheres do Paraná; FETEC-PR; - Fórum Popular de Mulheres
do Paraná; Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial das Mulheres; Rede de
Mulheres Negras; UBM – União Brasileira de Mulheres e Sindicato dos Jornalistas
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